Mulheres no Ministério

Craig Keener

Há vinte anos atrás, o Enrichment Journal (das Assembleias de Deus) convidou-me a escrever um artigo de apoio às mulheres no ministério. O artigo estava disponível tanto em versão impressa como online. No entanto, como esse website não está atualmente online, disponibilizo esse artigo aqui, com a permissão do Enrichment Journal. (O que se segue é a minha versão pré-editada de vinte anos; mas também incluo o PDF editado). No mínimo, espero que aqueles que insistem que o ministério das mulheres não é bíblico compreendam porque é que aqueles que o consideram bíblico têm a opinião que nós temos, e reconheçam que, ao contrário do que alguns dos nossos detratores dizem, muitos de nós apoiam as mulheres no ministério porque acreditamos que é bíblico.

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            Paulo era a Favor ou Contra o Ministério da Mulher?

            A questão do ministério das mulheres é uma preocupação urgente para a igreja de hoje. É de suma importância, em primeiro lugar, por causa de nossa necessidade dos dons de todos os membros que Deus chamou para servir à Igreja; agora a preocupação, porém, se estendeu para além da própria Igreja. Cada vez mais pensadores seculares hoje atacam o Cristianismo como “contra as mulheres” e, portanto, irrelevante para o mundo moderno.

            No entanto, as Assembleias de Deus e outras denominações nascidas na Santidade e nos avivamentos pentecostais afirmaram o ministério das mulheres muito antes de o papel das mulheres se tornar uma agenda secular ou liberal.[1] Da mesma forma, na histórica expansão missionária do século XIX, dois terços de todos os missionários eram mulheres. O movimento de mulheres do século XIX que lutou pelo direito das mulheres ao voto originou-se originalmente do mesmo movimento de avivamento liderado por Charles Finney e outros que defendiam a abolição da escravidão. Em contraste, aqueles que identificaram tudo na cultura bíblica com a mensagem da Bíblia eram obrigados a aceitar a escravidão e rejeitar o ministério das mulheres.[2]

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