Por Richard Coords
Introdução
Como podemos reconciliar a soberania de Deus com o livre-arbítrio do homem? Deus e o homem são ambos livres? Ou Deus é livre, mas não o homem? Ou, nem Deus nem o homem são autônomos e libertariamente livres? A complexidade deste assunto é essencialmente sobre o que o debate em relação ao calvinismo realmente trata, e nós, como cristãos, devemos finalmente aceitar à autoridade das Escrituras. Não nos rendemos a Concílios, Credos, Confissões ou Sínodos. Rendemo-nos apenas à autoridade das Escrituras.
A Bíblia nunca é lida no vácuo. Em outras palavras, não somos uma lousa em branco. Antes de lermos um único versículo da Bíblia, já temos nossas próprias cosmovisões e filosofias firmemente estabelecidas. Isso é o que significa ter “pressuposições”. É o que já supomos e assumimos ser verdade sobre Deus e o mundo ao nosso redor. Assim, a tarefa fundamental para o leitor da Bíblia é (a) desejar a verdade, acima de tudo, e (b) estar disposto a se submeter à autoridade das Escrituras, de modo que permitamos que as Escrituras sejam restabelecidas e redefina nossas pressuposições já existentes. Ocorre um problema sempre que erroneamente tentamos redefinir a Bíblia para corresponder às nossas pressuposições, ou seja, fazer com que as Escrituras atendam às nossas expectativas e se alinhem com o que já desejamos que seja verdade, ao invés de permitir que a Bíblia redefina nossas pressuposições, e isso é a raiz do problema para muitas controvérsias teológicas. (Relacionado ao calvinismo, é assim que chegamos a coisas sem sentido como “mundo dos eleitos”. É uma tentativa desesperada de redefinir as Escrituras para evitar a verdade e encontrar a autoridade elevada de nossos próprios desejos.)
Aqueles não familiarizados com o calvinismo podem considerar esta controvérsia como sendo uma questão de cristãos causando divisões internas desnecessárias e, portanto, resultando em uma condenação crítica de ambos os lados do corredor teológico para discussão. No entanto, sua ignorância é para sua própria vergonha, visto que essas coisas realmente importam, tanto quanto a própria Bíblia importa. A teologia é importante porque a vida segue a doutrina. Uma vez que eu imagino o porquê Deus escolheu não dizer tudo em preto e branco. Afinal, olhe os danos! Veja todas as seitas! Veja todas as diferentes denominações! No entanto, Deus é como um pai sábio, sabendo e vendo as coisas de uma maneira que nós, como filhos, não podemos ver prontamente. Deus escolheu ter as Escrituras escritas exatamente da maneira que são, sabendo que controvérsias ocorreriam. Falando figuradamente, Deus deixou ambiguidade suficiente nas Escrituras para servir como uma corda com a qual podemos nos enforcar, se nosso coração não estiver reto diante Dele.
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