Por A.T. Robertson
As portas do Hades (πυλα αιδου)
não prevalecerão contra ela (ου κατισχυσουσιν αυτης). Cada palavra aqui cria dificuldade. Hades é tecnicamente o mundo invisível, o hebraico Sheol, a terra dos que partiram, ou seja, a morte. Paulo usa θανατε em 1Co 15:55 ao citar Oséias 13:14 para αιδη. Não é comum em papiros, mas é comum em lápides na Ásia Menor, “sem dúvida um resquício de seu uso na antiga religião grega” (Moulton e Milligan, Vocabulário). Os antigos pagãos dividiam o Hades (α privativo e ιδειν, ver, morada do invisível) em Elísio e Tártaro, assim como os judeus colocavam tanto o seio de Abraão quanto a Geena no Sheol ou Hades (cf. Lc 16:25). Cristo estava no Hades (At 2:27,31), não no Geena. Temos aqui a figura de dois edifícios, a Igreja de Cristo sobre a Rocha, a Casa da Morte (Hades). “No Antigo Testamento, as ‘portas do Hades’ (Sheol) nunca tiveram outro significado (Is 38:10; Sb 16:3; 3Mac 5:51) além de morte”, afirma McNeile. Veja também Sl 9:13; 107:18; Jó 38:17 (πυλα θανατου πυλωρο αιδου).
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