APOSTASIA EM HEBREUS 6:4-6

T. MATTHEW GREEN

A ideia teológica que passou a ser reconhecida como “segurança eterna” tem sido estudada, discutida e debatida desde o advento de Jesus Cristo. O conceito aparentemente surgiu como uma resposta à teologia do Antigo Testamento da salvação pelas obras. Este “novo” conceito baseia-se na obra consumada de Cristo e na graça pela qual ele salvou a humanidade. A ideologia afirma que, uma vez que uma pessoa aceitou a Cristo como salvador, não há nada que possa remover, destruir ou mudar o status de salvação dessa pessoa. A salvação dessa pessoa tornou-se eternamente segura nas mãos de Cristo.

Há o outro lado do campo, porém, que argumenta contra esse conceito de segurança eterna. Aqueles que aderem a esse ponto não chegarão ao ponto de dizer que uma pessoa é salva por suas obras, mas uma vez que a salvação é completada, há medidas a serem tomadas para “mantê-la”. Essas medidas incluiriam ações como manter um relacionamento correto com Cristo, dedicar tempo à oração e ao estudo bíblico regularmente e fazer todo o possível para abominar o mal e se apegar ao bem. Novamente, enfatiza-se que as obras não salvam uma pessoa, mas a salvação deve ser cuidada e não considerada garantida.

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SEGURANÇA DA SALVAÇÃO

(ADOPTADO PELO PRESBITÉRIO GERAL EM SESSÃO DE 5 A 7 DE AGOSTO DE 2017)

Tendo em vista o ensino bíblico de que a segurança do crente depende de um relacionamento vivo com Cristo (João 15:6); tendo em vista o chamado da Bíblia para uma vida de santidade (Hebreus 12:14; 1 Pedro 1:16); tendo em vista o claro ensino de que um homem pode ter sua parte retirada do Livro da Vida (Apocalipse 22:19); e tendo em vista que aquele que crê por um tempo pode cair (Lucas 8:13); O Conselho Geral das Assembleias de Deus desaprova a posição de segurança incondicional que sustenta que é impossível que uma pessoa, uma vez salva, se perca. (Estatutos, Artigo IX.B.1)

As Assembleias de Deus afirmam o ensino bíblico de que as pessoas entram em um relacionamento salvador pessoal com Cristo por meio do poder regenerador do Espírito Santo, que as atrai ao arrependimento e à fé em Cristo. Jesus descreveu essa experiência inicial de salvação como “novo nascimento” (João 3:3–6),1 assim como o apóstolo Pedro (1 Pedro 1:3). Da mesma forma, Paulo escreveu: “Ele nos salvou por meio da lavagem do novo nascimento [palingenesias, “novo nascimento” ou “regeneração”] e renovação pelo Espírito Santo” (Tito 3:5), também usando “nova criação” para este evento salvador transformador. (2 Coríntios 5:17).

No momento do novo nascimento do crente, designado teologicamente como “regeneração”, o Espírito Santo entra neles, trazendo a certeza do perdão dos pecados, renovação espiritual e um relacionamento pessoal com Deus. “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16). Esse relacionamento dinâmico com Deus por Seu Espírito, iniciado e sustentado pela fé, reforça a segurança do crente.

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UM EXAME HISTÓRICO DA DOUTRINA DA SEGURANÇA ETERNA

 POR JEFF PATON

Quase todas as doutrinas dentro da religião cristã passaram por uma fase de desenvolvimento resultando no que é considerado ortodoxia hoje. Nossa compreensão de muitas doutrinas atuais é o resultado de batalhas teológicas acaloradas que surgiram e desafiaram o pensamento comum de seus dias. O vencedor nessas batalhas teológicas sempre se tornou ortodoxia, e a posição do perdedor geralmente ficou conhecida como heresia.

A ortodoxia tem sido uma ideia fluida que a maioria considerou verdadeira. A heresia, já foi dito, é uma opinião sustentada por uma minoria de homens que a maioria declara inaceitável. Com base nessa observação, podemos concluir que “ortodoxia” não é necessariamente “verdade”, pois o estabelecimento da verdade não deve ser determinado por uma competição de popularidade. Em nossa era moderna, onde a “verdade” é determinada pela última pesquisa de opinião, podemos ver a necessidade de um meio “mais seguro” de medir o que é a genuína ortodoxia da religião cristã e o que não é.

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UMA PERSPECTIVA ARMINIANA REFORMADA (SOBRE SEGURANÇA ETERNA)

Stephen M. Ashby

Há alguns anos, tive uma conversa com um pastor presbiteriano na cidade onde trabalho. Ao saber que eu havia me formado em um seminário calvinista, ele esperou pelo momento apropriado e disse: “Então você é uma dessas pássaros raros que foi educado no pensamento Reformado … mas simplesmente não entendeu”. Minha resposta foi: “Oh, eu sou muito Reformado; na verdade, eu me autodenomino de Arminiano Reformado”. Para o que ele riu incrédulo e disse: “Essa é a primeira vez que eu já ouvi falar disso.”

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