A salvação pode ser perdida?

 

Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura.

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.

Hebreus 10:22,23

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Agostinho sobre Cair da Graça

O quinto ponto do calvinismo é a perseverança dos santos. A Confissão de Westminster define Perseverança dos santos como:

Eles, a quem Deus aceitou em seu amado, efeticazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, não podem nem se afastar total ou finalmente do estado de graça, mas certamente perseverarão até o fim e serão eternamente salvos. (link)

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Uma pessoa salva pode se perder? (à luz da igreja primitiva)

 

Como os cristãos primitivos acreditavam que fé e obediência contínuas são necessárias para a salvação, é natural que eles acreditassem que uma pessoa “salva” ainda poderia acabar se perdendo. Por exemplo, Irineu, discípulo de Policarpo, escreveu:

Jesus não vai morrer outra vez por aqueles que ainda pecam, pois a morte não terá mais domínio sobre ele… Portanto não devemos nos orgulhar…Mas temos que tomar cuidado, pois de alguma forma, depois que conhecemos a Cristo, se continuamos fazendo coisas que desagradam a Deus, não obtemos mais o perdão dos nossos pecados, mas, em vez disso somos excluídos de seu reino (leia Hebreus 6:4-6).22

E Tertuliano escreveu:

Algumas pessoas agem como se Deus tivesse a obrigação  de dar seu dom até aos indignos. Transformam sua generosidade em escravidão… Afinal, muitos não acabam perdendo a graça de Deus? Este dom preciso não é retirado de muitos?23

Cipriano disse  aos seus companheiros:

Está escrito: ‘Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo’ (Mateus 10:22). Assim, o que quer que anteceda o fim é apenas um degrau para chegarmos ao topo da salvação. Aqui não é a linha de chegada, em que já ganhamos o premio da escalada. 24

Uma das passagens bíblicas mais citadas pelo cristão primitivo era Hebreus 10:26, que diz:”Porque, se vivermos deliberadamente  em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados”. Geralmente nos  dizem que nesta passagem o autor de Hebreus não estava se referindo aos salvos. Se for o caso, o escritor não conseguiu se fazer entender aos seus leitores, pois todos  os cristão primitivos entendiam que esta passagem estava se referindo às pessoas salvas.

Talvez algumas das citações dos cristãos primitivos levem você a pensar que eles viviam em  constante insegurança. Mas isso não é verdade. Embora acreditassem que Deus poderia deserdá-los se assim o quisesse, seus escritos geralmente mostram que os cristãos obedientes não viviam com um medo constante de que fossem deserdados.  Um filho obediente vive  sempre com medo de que  seu pai terrestre o deserde?

22- Irineu. Contra Heresias, Livro 4, capitulo 27, seção 2

23- Tertuliano. A penitencia, capitulo 6.

24- Cipriano. Sobre a Unidade da Igreja, seção 21

Fonte:  Que falem os primeiros Cristãos. Pgs.72-73, David W. Bercot

 

 

São todos os cristãos verdadeiros predestinados a perseverar?

Primeira  parte do debate entre James Akin e James White (calvinista).

São todos os cristãos verdadeiros predestinados a perseverar?

 

Por James Akin

 

PARTE I: Declaração inicial

A proposição

Obrigado. Hoje à noite me pediram para debater a proposição, todos os verdadeiros cristãos foram predestinados a perseverar.

Para debater isso, devemos primeiro entender o que significa, e para esse fim gostaria de mencionar brevemente seus três termos-chave:

“Verdadeiros cristãos”

O primeiro termo é “cristãos verdadeiros”. É fácil dizer quem são. Um “verdadeiro cristão” é uma pessoa que foi justificada, nasceu de novo e entrou num estado de salvação.

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John Jefferson Davis, “A Perseverança dos Santos: uma História da Doutrina”

John Jefferson Davis, “A Perseverança dos Santos: uma História da Doutrina”

 

[Favor observar que o autor é um teólogo Calvinista, mas essa é uma revisão histórica da doutrina que não implica em o autor debater seu ponto de vista. A versão web desse artigo foi extraído de http://bringyou.to/apologetics/a133.htm. O formato original do artigo que consta no Journal of the Evangelical Theological Society pode ser encontrada nesse arquivo pdf: Davis History of The Perseverance of the Saints.]

 

John Jefferson Davis, “The Perseverance of the Saints: A History of the Doctrine”, Journal of the Evangelical Theological Society 34/2 (June 1991) 213-228.

 

 

 

 

  1. AGOSTINHO

O primeiro amplo debate sobre a doutrina da perseverança dos santos encontra-se no Tratado de Agostinho sobre o Dom da Perseverança, escrito em 428 ou 429 A.D. no contexto das controvérsias com Pelágio quanto as questões da graça, pecado original e predestinação. [1] Logo de início, Agostinho afirma a graça de Deus como a base elementar para a perseverança do crente: “Eu afirmo… que a perseverança pelo qual nós perseveramos em Cristo até o fim é dom de Deus.” [2] Do ponto de vista humano é inescrutável a razão de que a dois homens piedosos, é dado a um deles a graça de perseverar até o fim e ao outro não. Da perspectiva divina pode ser o caso que o indivíduo que persevera está entre os predestinados, enquanto o outro não está. [3] Aquele que falha em perseverar, não foi chamado segundo o plano de Deus, e nem escolhido em Cristo de acordo com o propósito de Deus. [4]

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O Inadequado Precedente Histórico para “Uma vez salvo, sempre salvo”.

O Inadequado Precedente Histórico para

“Uma vez salvo, sempre salvo”.

 

Steve Witzki

 

John Jefferson Davis escreveu um artigo intitulado: “A Perseverança dos Santos: Uma História da Doutrina” [Journal of Evangelical Theological Society 34: 2 (Junho de 1991)]. Três coisas tornam este artigo de grande valor. Primeiro, ele foi escrito por um renomado e altamente respeitado teólogo calvinista. Segundo, ele abrange as pessoas chave e os grupos religiosos sobre o tema. Terceiro, ele demonstra que o “uma vez salvo, sempre salvo” ou segurança eterna incondicional não era uma doutrina que foi ensinada pela igreja antiga e, nem de forma alguma, por qualquer teólogo renomado antes de João Calvino. Essa doutrina é, de fato, completamente estranha na história do cristianismo.

 

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