Línguas Evidenciais: Um ensaio sobre o método teológico

Robert P. Menzies

[HTTP://www.apts.edu/ajps/98-2/98-2-menzies.htm

  1. INTRODUÇÃO

O movimento pentecostal está enfrentando uma crise de identidade. Qualquer discussão sobre a doutrina das línguas evidênciais, se é para ser significativa, deve enfrentar este fato. Esta crise é o produto de um processo histórico que tem ocorrido desde meados deste século: a assimilação do movimento Pentecostal no evangelicalismo tradicional. Este processo de assimilação, embora gradual e discreto, impactou significativamente a teologia e a prática tanto dos movimentos pentecostais como evangélico. E, enquanto é o movimento pentecostal, que agora encontra-se em uma encruzilhada estratégica de autodefinição, a direção que isso tomar, inevitavelmente impactará o mundo evangélico como um todo. O ensaio a seguir procurará descrever a origem e a natureza desta crise de auto-identidade, delinear as questões centrais que surgiram, particularmente no que se refere às línguas evidenciais, e sugerir como os pentecostais poderiam construtivamente enfrentar esses desafios.

  1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA

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Hermenêutica e Experiência Pentecostal

Por: Roger Stronstad

Escrevendo sobre o Espírito Santo há um século, o teólogo alemão Hermann Gunkel contrastou a experiência do Espírito entre a chamada igreja primitiva dos tempos apostólicos e a igreja dos seus dias. Da experiência do Espírito na Igreja Apostólica, ele observou: “Em debate estão os fatos concretos, óbvios para todos, que foram objeto de experiência e sem mais reflexão foram diretamente experimentadas como realizadas pelo Espírito. ”[1] Mas o que era verdade na experiência diária com o espírito na igreja primitiva não era verdadeira na igreja nos dias de Gunkel. Ele admite:

Nós que vivemos em uma idade mais avançada e não temos, como é natural, experiências análogas em que compreender a visão apostólica primitiva do Espírito, procedendo de suas atividades conforme relatado a nós e tentando conceber o Espírito como o poder que suscita essas atividades.[2]

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BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

POSIÇÃO DO ARTIGO

(APROVADO PELO PRESBITÉRIO GERAL EM SESSÃO 9-11 DE AGOSTO DE 2010)

Desde os primeiros dias do século XX, muitos crentes cristãos ensinaram e receberam uma experiência espiritual que eles chamam de batismo no Espírito Santo. No presente tempo, centenas de milhões de crentes se identificam com o movimento que ensina e incentiva a recepção dessa experiência. A expansão global desse movimento demonstra as palavras de Jesus Cristo aos seus discípulos que quando o prometido Espírito Santo viesse sobre eles, eles receberiam o poder de ser suas testemunhas por todo o mundo (Atos 1: 5,8).

O Novo Testamento enfatiza a centralidade do papel do Espírito Santo no ministério de Jesus e a continuação desse papel na Igreja Primitiva. O ministério público de Jesus foi iniciado pelo Espírito Santo vindo sobre Ele (Mateus 3:16; Marcos 1:10; Lucas 3:22; João 1:32). O Livro de Atos apresenta uma extensão desse ministério através dos discípulos por meios do poder do Espírito Santo.

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Evidência do Batismo no Espírito Santo

A Constituição do Conselho Geral das Assembleias de Deus lista dezesseis verdades fundamentais. O sétimo princípio da fé dá a definição bíblica do batismo no Espírito Santo, e o oitavo define a evidência escriturística dessa experiência. Afirma-se: “O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas, conforme o Espírito de Deus lhes concede a expressar (Atos 2: 4). O falar em línguas neste caso é o mesmo em essência, como o dom de línguas (1 Coríntios 12: 4-10, 28), mas diferente em propósito e uso.

A doutrina das línguas como a evidência física inicial de receber o Espírito Santo sofreu um ataque cada vez mais pesado nos últimos anos, mas está plenamente fundamentada na Palavra de Deus. A doutrina pode ser anulada de duas maneiras: (1) simplesmente negando-a, ou (2) fazendo das línguas o foco principal, fazendo com que algumas pessoas procurem línguas em vez de Deus.

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