
INTRODUÇÃO
O Novo Testamento se passa no Império Romano do primeiro século, um mundo antigo cuja cultura é estranha para aqueles que vivem nas sociedades ocidentais modernas. Não faz muito tempo, nossa compreensão das mulheres neste mundo antigo era limitada. Presumia-se que as mulheres do primeiro século eram confinadas em casa, com poucas liberdades e direitos, e que as mulheres de bem viviam vidas tranquilas e anônimas, sob a autoridade de maridos ou pais. Esse cenário era de fato o caso de muitas mulheres, mas não o de todas. Se lermos o Novo Testamento com atenção, podemos constatar isso por nós mesmas.
No Novo Testamento, vemos que as mulheres eram ativas em espaços públicos. Algumas mulheres eram artesãs, como Priscila, ou comerciantes, como Lídia. Algumas eram ricas e independentes, como Febe, e algumas até mesmo de origem real, com os privilégios e o poder inerentes à nobreza.[1] Não havia um lugar ou um papel único para as mulheres, como se todas as mulheres fossem iguais. De fato, apenas dois papéis eram proibidos para as mulheres: ser soldado romano ou oficial imperial.[2] As mulheres ocupavam muitos lugares e papéis diferentes na sociedade e na igreja.
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