Uma das maiores revelações sobre a segunda vinda de Cristo é a predição das ressurreições que ocorrerão naquele momento. De acordo com Apocalipse 20:4-6, o evento descrito como a “primeira ressurreição” ocorre imediatamente após a segunda vinda. O apóstolo João registra a visão nas seguintes palavras: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na sua testa nem nas suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20:4-6).
A expressão “primeira ressurreição” constitui um problema exegético para todos os intérpretes. Os pós-tribulacionistas citam esta referência como evidência de que o arrebatamento não poderia ocorrer antes da tribulação. Os pré-tribulacionistas sustentaram corretamente que a primeira ressurreição não é um evento, mas uma ordem de ressurreição. É evidente que nosso Senhor ressuscitou dos mortos como o primeiro a receber um corpo de ressurreição — outros que anteriormente ressuscitaram dos mortos foram meramente restaurados aos seus antigos corpos naturais. Sua ressurreição, embora amplamente separada das ressurreições que se seguem, está incluída na primeira ressurreição, caso contrário, o evento descrito em Apocalipse não seria “primeiro”. De acordo com 1 Coríntios 15:20, Cristo é “as primícias dos que dormem”, ou seja, a primeira parte da ressurreição de todos os santos. Da mesma forma, a evidência de que a transladação da igreja ocorre antes da tribulação apontaria para um grande segmento dos justos mortos sendo ressuscitados antes da tribulação. Estes também se qualificariam como participantes da primeira ressurreição.
Assine para continuar lendo
Torne-se um assinante pagante para ter acesso ao restante do post e outros conteúdos exclusivos.