O Fundamento e a Apropriação da Graça em Jacó Armínio

Por John Mark Hicks

Em meio a constantes acusações, Armínio afirmou fortemente sua ortodoxia na doutrina da justificação. Ele sustentou que nunca ensinou nem alimentou “quaisquer outros sentimentos relativos à justificação do homem diante de Deus além daqueles que são defendidos unanimemente pelas igrejas reformadas e protestantes”, e ele se encontra em “total concordância” com elas.[1] Seu acordo é tão completo que ele está disposto a atribuir a tudo o que Calvino disse sobre o assunto. Ele escreve:[2]

contudo, minha opinião não é tão diferente da dele a ponto de me impedir de usar a assinatura de minha própria mão ao subscrever as coisas que ele proferiu sobre este assunto, no terceiro livro de suas Institutas; estou preparado para fazer isso a qualquer momento e dar-lhes minha total aprovação.

No entanto, Armínio foi frequentemente acusado de heterodoxia neste ponto, e tais acusações continuam. Por exemplo, Praamsma argumenta que Armínio ensinou que “o homem é justificado diante de Deus não com base na justiça imputada de Cristo, mas pelo ato humano de crer que constituiu sua justiça diante de Deus”. Praamsma acrescenta que isso contradiz a resposta à pergunta 61 do Catecismo de Heidelberg.[3] Mas quando Armínio foi questionado sobre sua doutrina da justificação em Haia em 1608, ele respondeu citando as respostas às perguntas sessenta e sessenta e uma do Catecismo de Heidelberg como sua própria opinião.[4] Ao detalhar a natureza e a base da justificação em Armínio, a base será lançada para decidir quem estava certo, Armínio ou seus críticos.

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Arminianismo Clássico e Teísmo Aberto: Uma Diferença Substancial em Suas Teologias da Providência

Por John Mark Hicks

Desde o surgimento do teísmo aberto no cenário evangélico nos anos 90, houve várias tentativas de vincular o Arminianismo com os interesses teológicos do teísmo aberto. Por um lado, os teólogos Reformados acham que é vantajoso identificar o Arminianismo e o teísmo aberto, se por nenhum outro motivo senão o argumento de um caminho sem volta, já é um bom motivo. Teístas abertos, por outro lado, buscam alguma legitimidade histórica através da identificação com o Arminianismo, ou talvez algum tipo de apoio teológico. A resultante é que, se alguém está procurando deslegitimar o teísmo aberto (como teólogos Reformados pretendem) ou legitimá-lo (como os teístas abertos pretendem), isso beneficiaria mutuamente a teologia Reformada e o teísmo aberto colocando o Arminianismo e teísmo na mesma prateleira.

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A Natureza e a Necessidade da Graça em Jacó Armínio

John Mark Hicks

O propósito deste capítulo é entender a natureza e a necessidade da graça na teologia de Jacó Armínio. Existe considerável diferença de opinião quanto ao papel da graça no sistema Arminiano. Infelizmente, muito do que foi escrito sobre o próprio Armínio sofreu com a falácia de interpretá-lo à luz dos desenvolvimentos posteriores. Bangs observa essa tendência no início de sua dissertação: [1]

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