Citações Rabínicas do Antigo Testamento e sua Relação com Joel 2 e Atos 2

Por Arnold Fruchtenbaum

O CONTEXTO RABBÍNICO

Em sua obra definitiva, A História do Povo Judeu na Época de Jesus Cristo, Emil Shuer observou que o Judaísmo Posterior descobriu que há um significado quádruplo nas Escrituras, indicado pela palavra pardes (Paraíso), a saber: 1. pshat, o significado simples ou literal; 2. remez (sugestão), o significado arbitrariamente importado para ela; 3. drash (investigação), o significado deduzido pela investigação; e 4. sod (mistério), o significado teosófico. (pág. 348). Ele prossegue observando que os escritores do Novo Testamento também aplicaram essas mesmas quatro maneiras de citar o Antigo Testamento, mas faz a seguinte distinção: Ao dizer isso, porém, deve-se observar que o método exegético praticado no Novo Testamento, quando comparado ao método judaico usual, distingue-se dele por sua grande iluminação. Os apóstolos e os autores cristãos em geral foram preservados das extravagâncias da exegese judaica pela norma reguladora do Evangelho (pág. 349). Quanto aos extremos rabínicos, ele prossegue dizendo: A exegese judaica, no entanto, da qual tal regulamentação estava ausente, degenerou nas puerilidades mais caprichosas. Do seu ponto de vista, por exemplo, a transposição de palavras em números, ou de números em palavras, com o propósito de obter as revelações mais surpreendentes, não era de forma alguma estranha e estava em total conformidade com seu espírito. (Ibid.).

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