Geena nos Sinóticos

Parte 2

Hans Scharen

Pastor Associado, Midlothian Bible Church

Midlothian, Texas

O primeiro artigo desta série discutiu o desenvolvimento do conceito de Geena no Antigo Testamento e no período intertestamentário.[1] Foi observado que este conceito está enraizado na literatura do judaísmo intertestamentário, especificamente dentro do assunto mais estreitamente definido da escatologia apocalíptica, e que várias ideias foram associadas ao conceito. Em contraste com esta variedade, o Novo Testamento apresenta Geena como a punição escatológica final para os ímpios. O objetivo deste estudo é confirmar e ampliar esta última ideia com base em textos e vocabulário do Novo Testamento.

Advertências sobre o Destino Pessoal

MATEUS 5:22[2]

Mateus 5:21-22 contém a tese e a antítese de um dito de Jesus que discute a relação entre irmãos (adelphō) dentro do reino dos céus. Segue-se a exortação de Jesus no versículo 20, que a entrada  (pertencer a) neste reino requer uma justiça melhor do que aquela ensinada e exibida pelos líderes religiosos (escribas e fariseus) da época. A tese no versículo 21 é introduzida pelas palavras: “Vocês ouviram…” e a antítese é introduzida no versículo 22 pelas palavras “mas eu vos digo…”[3] A tese contém a injunção mosaica contra o assassinato e a consequente responsabilidade perante os processos judiciais de qualquer um que cometa este crime. Na antítese (v. 22) Jesus refutou uma interpretação superficial do sexto mandamento (Êx 20:13; Dt 5:17), tal como poderia ser praticada pela mera adesão superficial a uma ordenança legal projetada para regular as relações humanas. O “eu vos digo” anula qualquer reivindicação de justiça alcançada dessa forma superficial. A verdadeira intenção do comando contra o assassinato é mais radical em sua demanda. Ela se preocupa com a disposição do coração, não com meros aspectos externos.[4]

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Geena nos Sinóticos

                                                       Hans Scharen

                                 Pastor Associado, Midlothian Bible Church

                                                    Midlothian, Texas

De acordo com um relatório da Newsweek, a crença na vida após a morte está viva e bem nos Estados Unidos. Aparentemente, mais de 70% dos americanos acreditam que existe um paraíso e acham que têm uma boa chance de chegar lá. Pouco mais da metade das pessoas pesquisadas acredita que existe um inferno, mas apenas 6% pensam que “têm uma chance boa ou excelente de chegar lá”.[1] Esta última observação parece contradizer a visão dos teólogos protestantes liberais contemporâneos sobre o assunto do inferno. O mesmo relatório da Newsweek cita o historiador da igreja americana Martin Marty, que observa: “O inferno desapareceu. E ninguém notou.”[2] De fato, o artigo continua, “Hoje, inferno é a palavra H da teologia, um assunto muito banal para estudos sérios.”[3]

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