A Origem, o Desenvolvimento e o Futuro da Escatologia das Assembleias de Deus

Isgrigg, Daniel

Tese apresentada para obtenção do grau de

Doutor em Filosofia

Escola de Filosofia e Religião

Faculdade de Artes, Educação e Humanidades

Universidade de Bangor

2018

Resumo

Fundada em 1914, as Assembleias de Deus (AD) são uma das maiores denominações pentecostais do mundo e, desde o início, atribuíram grande importância à segunda vinda de Cristo. No entanto, nas últimas décadas, um grupo de ministros e educadores das AD começaram a reexaminar os fundamentos teológicos da escatologia da denominação. Muitas das expressões históricas da escatologia estão perdendo popularidade nos círculos pentecostais, particularmente a longa relação com o pré-milenismo dispensacionalista. Metodologicamente, a dissertação explora de forma abrangente as posições escatológicas das AD ao longo do último século, com base em três fontes principais: as declarações oficiais de fé e outros documentos aprovados, a literatura periódica e obras doutrinárias populares. O Capítulo Dois examina a literatura pertinente aos estudiosos da escatologia das Assembleias de Deus dentro da tradição. O Capítulo Três é uma análise histórica das declarações oficiais das Assembleias de Deus sobre escatologia encontradas nas declarações de fé e nos documentos aprovados. O Capítulo Quatro é um histórico da recepção de como as doutrinas escatológicas foram recebidas e expressas pelos adeptos das Assembleias de Deus no Pentecostal Evangel, o órgão oficial das Assembleias de Deus, de 1914 a 2005. Atenção especial é dada a como essas expressões foram moldadas pelas crenças pneumatológicas, eventos históricos e a influência do dispensacionalismo. Os Capítulos Cinco e Seis resumem as descobertas das várias vozes dentro das Assembleias de Deus e se propõem a construir um conjunto de declarações escatológicas contemporâneas, porém contextuais, que refletem o passado e, ao mesmo tempo, imaginam o futuro.

Palavras-chave: Assembleias de Deus, escatologia, pentecostalismo, segunda vinda, crítica doutrinária, dispensacionalismo, pré-milenismo.

Agradecimentos

A Amonda, Will e Britian — por se sacrificarem tanto para que eu realizasse este sonho. Vocês são a minha maior alegria.

À minha família extensa — pelo amor e apoio de inúmeras maneiras.

A William Kay e Chris Thomas — por investirem em mim e me guiarem nesta jornada.

Aos meus colegas do CPT — pelas conversas encorajadoras em torno da mesa do CPT.

A Darrin e Glenn, do Flower Pentecostal Heritage Center — por compartilharem seu conhecimento e paixão pela história das Assembleias de Deus.

Aos meus professores da ORU — por incutirem em mim o amor pelo estudo acadêmico.

Aos meus amigos Travis e Terry — por serem meus melhores amigos e sempre acreditarem em mim.

Aos meus amigos Peter e Rick — por compartilharem esta jornada comigo como amigos e colegas doutores em História das Assembleias de Deus.

Aos homens e mulheres das Assembleias de Deus — oro para que esta tese honre o passado, encoraje o presente e molde o futuro.

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Escatologia Realizada

[John F. Walvoord, Presidente do Seminário Teológico de Dallas, Editor da Bibliotheca Sacra.]

A alta crítica durante o último século foi marcada por um ataque implacável a qualquer forma de escatologia literal. O conceito de que a Bíblia pode realmente profetizar eventos futuros em detalhes e com precisão é abominável à mente liberal. Nesse sentido, todos os esforços são feitos para datar as declarações proféticas após o evento profetizado, como ilustrado na datação de Daniel no século II a.C. A premissa é que a profecia detalhada do futuro é impossível tanto para Deus quanto para o homem. Embora frequentemente seja formulada em termos de erudição objetiva, é óbvio que tal premissa é extremamente subjetiva e prejudicial a qualquer avaliação serena dos dados. Ela se baseia na tese de que Deus não é soberano, onisciente e onipotente. Além disso, envolve uma teoria da revelação que torna impossível a comunicação de detalhes ao homem além de sua sabedoria natural. Essa alta crítica não poupa fundamentos da ortodoxia e é livre para revisar sua teologia, bem como as declarações das Escrituras, para harmonizá-las com a tese em questão. O conceito de teologia realizada deve ser entendido como um desdobramento dessa abordagem da profecia.

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