OS ARMINIANOS PODEM SER MOLINISTAS?

Robert E. Picirilli

Ouvi dizer que alguns Arminianos tendem a uma visão Molinista da soberania de Deus e da liberdade humana. Talvez a razão seja que os Molinistas dizem que seu propósito é defender a liberdade libertária[1] em um universo governado por um Deus soberano, com a certeza de alcançar Seus propósitos. Nós, Arminianos, acreditamos nessas duas coisas.

O que é Molinismo?

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Resumo dos meus problemas com o Molinismo

Por Brian Abasciano

No Molinismo, Deus cria um mundo possível (tornando-o o mundo atual). Quando os molinistas falam de um mundo possível, eles se referem a tudo sobre esse mundo, tudo o que acontece nesse mundo, todos os seus eventos, decisões de “livre-arbítrio”, etc. E assim, se há um conjunto de mundos possíveis diante de Deus, e ele escolhe criar um em distinção dos outros, tudo nesse mundo é determinado por ele e não poderia ser de outra forma (ou seja, determinismo). Não é como se esses mundos já existissem e Deus apenas os revelasse. Ele percebe a sua possibilidade em sua mente. Criar um deles é ele tomar um mundo totalmente possível, que inclui tudo sobre ele, cada pensamento e ação, e torná-lo real. Isso é determinismo IMO. É claro que os molinistas discordam. Mas eu não vejo como se poderia dizer que as pessoas têm livre-arbítrio em tal mundo. Dizer apenas que ele cria o mundo com as pessoas agindo livremente é uma incoerência da IMO. É apenas dizer que as pessoas agem livremente quando as outras premissas tornam isso impossível, como um calvinista dizendo que Deus incondicionalmente decreta tudo, e as pessoas agem livremente.

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O Teísmo precisa do Conhecimento Médio?

David Gordon e James A. Sadowsky, S.J.

David Basinger, em “Conhecimento Médio e Pensamento Cristão Clássico” 1, afirmou que se o conceito do conhecimento médio de Deus é coerente “não pode ser menosprezado ou ignorado pelos interessados ​​no pensamento cristão clássico. Pois o que está em jogo é a própria coerência do teísmo cristão em si. ”(p. 422).

Por que razão isto é assim? De forma sucinta, o argumento de Basinger é o seguinte: Suponha que Deus não tenha conhecimento médio (MC). Então, para qualquer um dos dois pontos de vista sobre o conhecimento de Deus, primeiro que ele está limitado ao conhecimento presente (CP) ou, segundo, que ele tem presciência simples (PS), Deus é um “jogador cósmico” (p. 418) conquanto as pessoas têm livre arbítrio indeterminado. Desde que Deus não sabe, ao deliberar sobre a criação, como as pessoas escolherão livremente, ele é limitado na medida em que pode controlar o estado futuro do mundo.

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