Um Ato Pode ser Tanto Determinado Como Livre?

Alguns calvinistas (e talvez outros) argumentam que, em um mundo governado por Deus, o Deus da Bíblia, um único ato da criatura pode ser tanto determinado (pré-programado por Deus) como livre. E eles afirmam que há exemplos disso nas Escrituras (por exemplo, os irmãos de José o venderam como escravo). Aqui vou apontar vários problemas com esta afirmação

Primeiro, em nenhum lugar as Escrituras dizem explicitamente que um único ato da criatura foi “pré-programado” ou “determinado” e “livre”. É certo que existem narrativas sobre atos de criaturas que podem ser interpretadas dessa maneira, mas também podem ser interpretadas de outra forma (por exemplo, como conhecido de antemão por Deus, mas não pré-determinado por Deus).

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PRESCIÊNCIA, LIBERDADE E O FUTURO

ROBERT E. PICIRILLI *

I. INTRODUÇÃO

Meu propósito neste artigo é responder, de dentro do campo Arminiano, à negação da onisciência ilimitada de Deus por Clark Pinnock e outros associados a ele. Vários Calvinistas criticaram sua abordagem; é hora de um Arminiano afirmar que Deus conhece todos os eventos futuros e que a abertura do futuro não é comprometida por isso.

Alguns antecedentes estão em ordem. Abordo este assunto como um Arminiano, afirmando uma forma matizada de Arminianismo que é diferente do que é geralmente entendido como o significado desse termo. Este é o Arminianismo do próprio Armínio e daqueles originalmente influenciados por ele – a primeira geração (e apenas aquela geração) de Remonstrantes.

O espaço não permite elucidar isso, exceto para dizer que não é o Arminianismo de Grotius ou a Igreja Remonstrante, nem de muitas maneiras de pensar comumente chamadas de Arminiano na história da igreja subsequente. Certamente não é a posição assumida por Clark Pinnock em seu teísmo revisionista. De fato, o Arminianismo “original” que sustento precisa de um nome: o Arminianismo “clássico” não serve, nem o Arminianismo “Wesleyano” – embora em muitos aspectos Wesley tenha seguido este tipo de Arminianismo. Por falta de algo melhor, vou chamá-lo de Arminianismo da Reforma.

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Livre-arbítrio ou Não? Outra Rodada do Debate

Por Roger E. Olson

Prometi ao teólogo Arminiano Robert E. Picirilli (Batista do Livre-Arbítrio) que revisaria seu livro Livre-Arbítrio Revisitado: Uma Respeitosa Resposta a Lutero, Calvino e Edwards (Wipf & Stock, 2017) em meu blog. Isso, no entanto, é mais do que uma revisão; é uma interação com algumas das ideias principais do livro, mas também com minhas próprias “reflexões” sobre o livre-arbítrio.

O livro de Picirilli tem 140 páginas e vale bem o seu tempo e dinheiro se você estiver interessado no debate entre os teólogos Cristãos sobre o livre-arbítrio. O livro está muito bem pesquisado e muito bem escrito. Picirilli expõe as visões de Lutero, Calvino e Edwards sobre o livre-arbítrio e explica por que eles se opunham ao livre-arbítrio libertário (poder de escolha contrária) e aponta problemas com os argumentos de cada teólogo.

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Um Relato Arminiano do Livre-Arbítrio

ROGER E. OLSON

Os últimos anos testemunharam outra onda da antiga controvérsia Calvinista versus Arminiana que vai e volta pelo menos desde o debate de Lutero com Erasmo na década de 1520. (Desculpe o anacronismo, mas a controvérsia sobre o livre-arbítrio antecede Armínio em pelo menos um século!) Hoje existe uma teologia Reformada agressiva e ressurgente que está invadindo até mesmo os territórios teológicos tradicionalmente Arminianos. Não é incomum encontrar estudantes Metodistas e até da Assembleias de Deus (!) lendo avidamente John Piper e assistindo Mark Driscoll em podcasts. O livre-arbítrio está sendo questionado novamente – como foi nos dias de John e Charles Wesley quando Augustus Toplady, escritor de muitos hinos, incluindo “Rock of Ages”, questionou sua salvação porque acreditava nele.

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