Por Robert H. Stein

Como evangélicos, afirmamos que a Bíblia é para nós a única regra infalível de fé e prática. Ela é nossa autoridade final em todos os assuntos de doutrina (fé) e ética (prática). No entanto, a Bíblia não foi escrita para evangélicos que viviam no século XX. A ciência — ou melhor, a arte — de interpretar o texto bíblico de modo que a revelação de Deus escrita séculos atrás seja significativa e corretamente compreendida hoje é chamada de “hermenêutica”. O princípio básico da hermenêutica, simplificando um pouco, é que a pergunta “O que isso significa para nós hoje?” deve ser precedida pela pergunta “O que isso significava para eles ontem?”. Se não buscarmos primeiro entender o que o texto significava quando foi escrito, será muito difícil interpretar de forma inteligente o que ele significa e exige de nós hoje.
Meu tema aqui é o uso do termo “vinho” no Novo Testamento. Alguns leitores podem já estar pensando: “Ele vai tentar nos dizer que vinho na Bíblia significa suco de uva? Ele vai tentar dizer que o vinho mencionado no Novo Testamento é diferente do vinho engarrafado hoje pela Christian Brothers, Château Lafite-Rothschild ou Mogen David?” Bem, minhas respostas são não e sim. Não, o vinho da Bíblia não era suco de uva não fermentado. Sim, era diferente do vinho de hoje.
Assine para continuar lendo
Torne-se um assinante pagante para ter acesso ao restante do post e outros conteúdos exclusivos.