
Carolyn Osiek[1]
Texas Christian University Texas (EUA)
Abstrato
Apesar de numerosos estudos sobre o sistema de patronagem na antiguidade mediterrânea, pouca atenção tem sido dada à forma como o patronato feminino fazia parte do sistema ou como ele diferia. De fato, há evidências substanciais do exercício do patronato feminino, tanto público quanto privado, a mulheres e homens no mundo greco-romano, tanto por elites quanto por sub-elites. Essas informações devem então ser aplicadas aos textos cristãos primitivos para inferir como o patronato feminino funcionava nas primeiras igrejas domésticas e na vida cristã.
1. INTRODUÇÃO
O nome de Febe e a alusão a Romanos 16:1 evocam interesse, controvérsia e extensa bibliografia atualmente. Não pretendo aqui interpretar esta passagem, mas usá-la como trampolim para examinar uma parte significativa da vida social do cristianismo primitivo que recebeu pouca atenção: o papel das mulheres patronas na vida da igreja. Para tanto, precisamos recuar e analisar, em primeiro lugar, o fenômeno mais amplo do clientelismo no antigo mundo greco-romano e como ele funcionava em relação às mulheres.
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