Roger E. Olson
A questão do universalismo de Karl Barth tem sido muito debatida — mesmo durante a vida do teólogo suíço. Vários críticos teológicos o acusaram de ensinar a “heresia” da “apokatastasis” — reconciliação universal. Entre eles estavam Donald Bloesch (em Jesus Is Victor!), Hans Urs von Balthasar (em The Theology of Karl Barth), G. C. Berkouwer (em The Triumph of Grace in the Theology of Kark Barth) e Emil Brunner (em Dogmatics, Vol. 1). Esses críticos admitiram que Barth não chegou a afirmar ou abraçar a apokatastasis, mas todos argumentaram que ela está logicamente implícita em sua doutrina de eleição.
Barth antecipou essas críticas e respondeu a elas em Church Dogmatics II/2 em uma seção especificamente dedicada à apokatastasis. (Os números de página fornecidos aqui sempre se referem à edição T&T Clark do CD.) Lá Barth negou explicitamente que ele ensinou isso. Ele afirmou que, para proteger a liberdade de Deus e a gratuidade da graça divina, não podemos dizer que o “círculo” dos eleitos coincide com o mundo do homem como tal: “Assim como o Deus gracioso não precisa eleger ou chamar nenhum homem, Ele não precisa eleger ou chamar toda a humanidade.” (p. 417) Previsivelmente, no entanto (porque Barth era um pensador dialético), ele continuou dizendo que também não devemos limitar a liberdade e a graça de Deus dizendo que não pode haver uma “abertura final e ampliação do círculo de eleição e chamado.” (p. 418)
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