Problemas Interpretativos Contemporâneos: — A Ressurreição de Israel

Por John Walvoord

Poucos problemas interpretativos na escatologia testam a habilidade de um intérprete como a doutrina da ressurreição de Israel. O assunto tem sido ignorado por liberais e teólogos neo-ortodoxos que têm se preocupado mais com a questão de se a ressurreição é literal ou não. Dentro de tal contexto, atenção particular a Israel dificilmente poderia ser esperada.

A teologia ortodoxa frequentemente assume que os santos do Antigo Testamento, incluindo os israelitas, serão ressuscitados na segunda vinda de Jesus Cristo à Terra. Esta é a visão de todos os pós-milenaristas e amilenaristas conservadores, e também é mantida por muitos pré-milenaristas.

O único grande desafio a esta conclusão vem das fileiras de alguns dispensacionalistas que acreditam que o arrebatamento e a transladação da igreja ocorrerão antes da tribulação e que Israel será ressuscitado dos mortos ao mesmo tempo, isto é, antes da tribulação. Essa visão era mantida pelos escritores dos Irmãos de Plymouth e foi popularizada na Bíblia de Referência Scofield.[1] Uma pequena variação desse ensinamento tem sido a sugestão de que os santos do Antigo Testamento ressuscitaram na ressurreição mencionada em Mateus 27:52, que ocorreu imediatamente após a ressurreição de Cristo, mas isso não tem suporte algum nas Escrituras e não atraiu praticamente nenhum seguidor.

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