Por Suzanne Nicholson
Quando os pais trazem seu primeiro filho ao mundo, muitas vezes são dominados por um pensamento aterrorizante: “Este bebezinho lindo, indefeso e contorcido depende completamente de mim para sobreviver!” Se os pais não fornecerem comida, roupas, calor e proteção (sem falar nas inúmeras trocas de fraldas!), o recém-nascido não sobreviverá. E, no entanto, uma emoção ainda mais avassaladora também acompanha a experiência: um amor profundo e profundo por esta nova criação que não fez nada para merecer esse favor.
Talvez esta experiência possa ajudar-nos a compreender um dos distintivos mais importantes da teologia wesleyana: a graça preveniente. Esta “graça que vem antes” fornece a resposta para um enigma que de outra forma seria impossível. Se os seres humanos estão tão contaminados pelo pecado original que não conseguem voltar-se para Deus por vontade própria, então como é que alguém pode ser salvo? Gênesis 3 descreve as consequências do pecado de Adão e Eva – eles não apenas são amaldiçoados, mas também expulsos do Jardim do Éden, aquele lugar onde viviam em perfeita harmonia com Deus. Na verdade, em Romanos, o apóstolo Paulo descreve a situação impossível de todos os seres humanos, que estão “sob o poder do pecado” (3:9). Ninguém está isento; “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23) e experimentam a “escravidão do pecado” (7:14). Como resultado, os humanos são totalmente incapazes de se voltarem para Deus por conta própria. Somos piores do que crianças indefesas que não conseguem alimentar-se ou vestir-se – afastamo-nos consistentemente do Único que pode verdadeiramente oferecer-nos a vida.
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