Por F.F. Bruce
Professor NB Stonehouse, em seu livro, The Witness of Matthew and Mark to Christ, que foi revisado pelo Professor Ross em nosso número de abril (pp. 152 ss.), tem um capítulo importante sobre “A Conclusão de Marcos”,[1] que irá servir de ponto de partida para nossa consideração sobre este assunto.
Ele primeiro examina os argumentos que foram abordados de tempos em tempos em favor da autenticidade do Final Longo de Marcos (Marcos xvi. 9-20), e mostra sua fraqueza com base em evidências externas e internas, incluindo sob as últimas seu estilo e construção de frases distintas,[2] e sua falta de continuidade com o que o precede. O resultado é uma demonstração tão conclusiva quanto qualquer prova desse tipo pode ser que esses doze versículos não sejam parte integrante do Evangelho ao qual foram anexados por tanto tempo. Mas sendo assim, temos que explicar de alguma forma a brusquidão do final do Evangelho propriamente dito em xvi. 8: “Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas.” O Professor Stonehouse considera as duas possibilidades alternativas ou (a) o Evangelho como o temos está incompleto (tendo sido deixado inacabado pelo autor ou tendo sofrido mutilação subsequentemente), ou (b) o Evangelho foi propositalmente encerrado com essas palavras. Destas duas alternativas, ele decide contra a primeira, e sua defesa da última posição revela altos grau de discernimento e exegese, embora alguns leitores possam achar seus argumentos um tanto aquém da convicção completa.
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