Interpretando à Poesia Hebraica

Jeffrey G. Audirsch, PhD

Jeffrey G. Audirsch é Professor Associado de Estudos Cristãos na Shorter University em Roma, Geórgia.

Aproximadamente um terço do Antigo Testamento é poético em sua forma.[1] Dada a prevalência da poesia no Antigo Testamento, identificar e compreender alguns princípios gerais de interpretação é de extrema importância. Isso é reforçado pelo fato de que a poesia é encontrada em quase todos os livros do Antigo Testamento.[2] Vários livros são completamente poéticos – Salmos, Provérbios, Cânticos de Salomão, Lamentações, Amós, Obadias, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias. Da mesma forma, outros livros contêm grandes porções de poesia: Jó, Isaías, Jeremias, Oséias e Joel. Essa poesia está entrelaçada com narrativas bíblicas (e.g., Êx. 15; Dt 32; Jz 5; e 2 Sam 22:1–23:7), textos proféticos (e.g., Jr 1:4–10) e literatura de sabedoria (Ec 3:1-8). Apenas complica nossa tarefa. Assim, criar uma lista universal de princípios para interpretar a poesia através das linhas de gênero parece difícil, se não impossível.

Neste ensaio, discutirei uma variedade de questões relacionadas à interpretação da poesia no Antigo Testamento. Uma vez que esta edição do Journal of Baptist Theology & Ministry é sobre a pregação expositiva do Antigo Testamento, o foco principal do ensaio será sobre princípios interpretativos que não requerem um conhecimento profundo do hebraico bíblico, especialmente as nuances da poesia hebraica.[3]

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