OS DOCUMENTOS DA IGREJA dos primeiros séculos nos dão vislumbres do que as mulheres podiam e não podiam fazer. Mas quais foram as controvérsias que tornaram essas regras necessárias? A estudiosa de antiguidades Karen Torjesen traça o desenvolvimento das ordens da igreja e considera seu subtexto social.
Aquelas tradições eclesiásticas que ainda não reconheceram a legitimidade da liderança feminina consideram-se fiéis a uma tradição antiga que rejeitou explicitamente a liderança feminina na igreja. Seu apelo à tradição é em grande parte um apelo a uma série de documentos chamados ordens da igreja, que abrangem cinco séculos.
Essas ordens da igreja, alegando autoridade apostólica, procuravam definir as práticas litúrgicas e eclesiásticas da igreja. No entanto, cada uma das ordens da igreja fora composta em um ponto particular da história eclesiástica. Eles transmitem, na linguagem que usam e nos assuntos que discutem, as preocupações particulares da igreja naquele momento. Embora sua reivindicação de autoridade apostólica pretenda obscurecer suas raízes em crises particulares da história eclesiástica, uma leitura cuidadosa pode identificar as controvérsias a partir das quais cada nova ordem eclesiástica foi formada.
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