Quando é que Jesus Permitiria o Divórcio?

Por Craig Keener

No post anterior, enfatizei o ensinamento de Jesus sobre preservar e, sempre que possível, restaurar o casamento. Jesus usou linguagem ilustrativa para desafiar o compromisso insuficiente de alguns de seus ouvintes religiosos com o casamento. Ao fazê-lo, no entanto, ele não estava procurando piorar as coisas para aqueles cujos casamentos estavam sendo desfeitos contra sua vontade. De fato, como observado brevemente nesse post, essas eram as mesmas pessoas que Jesus estava defendendo.

Aqui vou primeiro levantar um problema – uma maneira de ler um versículo que alguns usaram para proibir e até mesmo romper novos casamentos. Mostrarei então, a partir do contexto do ensino maior de Jesus sobre o divórcio, e de outras interpretações de seu ensino no Novo Testamento, que essa primeira maneira de ler a passagem tira o ponto de Jesus do contexto.

Quando Jesus fala de novo casamento após o divórcio como “adultério” em Marcos 10:11, o que ele quer dizer? Quando usado literalmente, adultério significa dormir com alguém que é casado com outra pessoa e/ou dormir com alguém que não seja o próprio cônjuge. (A maior parte do mundo antigo dava mais licença ao marido enquanto sua amante era solteira, mas o Novo Testamento não permite esse duplo padrão.) Assim, se Dedrick é casado com Shamika e dorme com Shonda, isso é adultério.

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