Por Elizabeth A. Clark
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O abismo entre o anseio juvenil de Agostinho pela certeza científica[1] e suas posteriores admissões de ignorância[2] é apenas uma indicação de sua visão progressivamente “obscurecida”.[3] Embora essa ignorância tenha levado a louvar a onipotência misteriosa de Deus,[4] o velho Agostinho, longe de compreender o projeto do universo,[5] não conseguia entender como se formavam os fetos nem como recebiam suas almas.[6] Ainda pior que a ignorância científica foi à heresia, e no final de sua vida, Agostinho descobriu que sua teologia da reprodução impunha acusações de “Maniqueísmo” contra ele.[7] Críticos Pelagianos como Juliano de Eclano alegaram que a teoria do pecado original de Agostinho, transmitida através do ato sexual e corrompendo a prole concebida, era um retrocesso à noção Maniqueísta do “mal natural” que Agostinho havia aceitado em sua juventude.[8]
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